quinta-feira, 7 de outubro de 2010

Minha Mãe Casou de Novo - Capítulo 92

Minha mãe estacionou a minivan no jardim e entrou na casa grande de Jonathan Marew, mas eu preferi esperar no portão, parando o maverick no meio-fio. Em 5 minutos, os dois saíram e entraram no sedan de Jonathan, dando uma buzinada para mim antes de arrancarem. Ótimo, Andrew estava atrasada. Entrei no jardim e bati na grande porta de madeira trabalhada da frente da casa. Depois de 5 batidas, Andrew apareceu.

Meu queixo caiu quando a vi. Ela ainda parecia um anjo sombrio, pois a maquiagem negra não abandonou seus olhos claros, e a pele branca estava mais reluzente que nunca. Mas o vestido pérola era tão inacreditável, que eu não sei se meu choque foi por ver um vestido tão lindo ou ver Andrew Marew, a metaleira, nele. O vestido era tomara que caia, ia até um pouco acima do joelho, e rodado a partir da cintura, com detalhes discretos mas perfeitos parecidos com bordado, e ficavam suavemente doces no corpo magro de Andrew. Apesar dos olhos contornados severamente de preto, a boca trazia um brilho incolor discreto, e as bochechas estava levemente rosada. Uma correntinha fina prateada enfeitava o colo, e Andrew sorriu para mim quando percebeu que eu a admirava. Fiz uma careta quando cheguei aos pés, e percebi que ela estava descalça.

- Calma, eu já ia por o sapato, mas você não parava de bater. - ela riu.
- Espera! Que sapato a senhorita vai por? - perguntei.
- O que você acha?
- Não está pensando em ir com o coturno, está?
- Na verdade, não... mas sabe que não é má idéia. Esse vestido me deixou parecendo uma patricinha. O coturno cortaria essa imagem. Valeu, meu bem! - ela sorriu.

Peguei Andrew pelo braço, impedindo ela de ir buscar o coturno.
- Antes de optar pelo óbvio, que tal ver o presente que eu te trouxe?
- Presente? - ela olhou desconfiada a caixa marfim. - De formatura?
- Eu tinha planejado te dar no natal, mas você não ia merecer, já que foi uma menina má o ano todo. - ela revirou os olhos quando disse isso. - Enfim, parece que eu advinhei a cor do seu vestido.
- Hã? - ela não entendeu.

Entreguei a caixa marfim a Andrew, e ela logo abriu. Esperei por xingos como "você está dizendo que eu não sei me vestir?", mas o máximo que Andrew fez foi arfar. Ela tirou as sandálias marfim da caixa, e ficou olhando deslumbrada para elas.
- São lindas, e quase da mesma cor do meu vestido!
- Por favor, diga que vai usá-las hoje, por favor, por favor! - eu implorei.
- Quanto é o salto?
- O vendedor disse que era 12 centímetros. Não são tão altas.
- Mas eu não me dou muito bem com salto.
- Você usa aquele monstro de coturno no pé. Essas sandalhinhas não são nada.
- Hmmm, não sei. E se eu cair?
- Eu te seguro, baby. - eu fiz charme.
- Ah claro, vou ter um bom motivo pra ficar agarrada a você na festa. - ela revirou os ohos e entrou na sala, sentando no sofá.

Fiquei maravilhado quando a vi por as sandálias nos pé. Os pés, branquinhos e delicados, ficaram perfeitos nas sandálias marfim de salto fino. Fiquei esperando Andrew atirar as sandálias em mim e reclamar que estava parecendo uma patricinha, mas isso não aconteceu. Andrew havia esquecido completamente o velho coturno, e estava radiante com os sapatos novos. Se eu soubesse antes que até Andrew se rendia a paixão feminina dos sapatos, teria usado essa tática mais vezes.

- Vamos de maverick? - perguntei, anestesiado com a beleza da minha namorada.
- Claro, espera que eu vá de moto assim? - a velha ironia de Andrew nunca mudava.
- É claro que não. Me dê seu braço. - pedi, e ela estendeu a mão confusa.

Coloquei suavemente a pulseira de flores no braço fino de Andrew, e vi os olhos dela brilharem com o gesto simples. Ela respirou fundo, e me olhou docemente:
- Pronto pra arrazar na festa de formatura, capitão?
- Sim, namorada do capitão. - eu ri.

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