sexta-feira, 17 de julho de 2009

Os Ladrões de Vidas - Parte 1

Era uma tarde fria de novembro. O rei Harrison já não demonstrava ter um pingo de humanidade em seu coração. Era frio, e comandava seu exército por toda terra sem piedade, dominando povos e assassinando seus líderes de forma cruel e desenfreada. Seus súditos mais próximos sabiam que tinham que fazer algo para detê-lo.
Um dos sátrapas mais sábio chegou junto com o mago mais conceituado do palácio. Ele dizia ter consigo uma poção mágica, que poderia deter o rei para todo sempre. Mas aquele líquido escuro não passava de uma mistura de lítio com outros igredientes, um veneno mortal e rápido. Aí criou-se uma conspiração! Eles matariam o rei e livrariam a terra do mal.
À noitinha, o rei se sentara para o jantar no horário de costume. Seu súdito então trouxe um cálice com um líquido negro. Ele disse:
-Das mais alvas montanhas do norte, o mais nobre licor para vossa majestade!
-Não parece ser tão bom assim. O que me faz crer que seja algo nobre?
-Esse licor foi saqueado quando atacamos o vilarejo de Monteville, diretamente da mesa dos nobres de lá.
-Hum! Creio que gostaria de tomar um gole...
Nesse instante, o súdito ficou branco como a neve. Vía-se em seus olhos a traição iminente. Olhou então para a porta onde estavam os sátrapas observando. Um deles olhou bem no fundo dos olhos de Madison, o súdito, como se dissesse que ele bebesse o veneno, pelo bem da humanidade. Nesse momento Madison fechou os olhos como se aceitasse seu terrível destino. Olhou com um sorriso para o rei e disse:
-Sim majestade, adoraria beber contigo este licor dos deuses.
Madison pegou dois cálices, derramou o líquido negro e deu um copo ao rei. Brindou e disse:
-Vida longa ao rei!
No mesmo instante, os dois viraram o cálice. Engolido o líquido, Madison, com os olhos vermelhos exclamou:
-Que a tua maldade seja eternamente extinta, junto com a minha vida sacrificada para um bem maior!
Então, o rei começou a se contorcer, caiu ao chão e teve uma convulsão. No mesmo momento, Madison gritou doloridamente como se estivesse se rasgando por dentro. Caiu ao chão e expirou. O rei e seu súdito de maior confiança estavam mortos.
Os sátrapas junto com os sábios e o mago entraram na sala de jantar. Ajoelharam-se diante dos corpos e riam de alegriam, achando que toda maldade havia acabado. De repente o corpo de Madison deu um estalo. Abriu os olhos, vermelhos e brilhantes. Duas rajadas negras vinham desde seus cílios, e caiam sobre a face pálida e mórbida. Levantou-se lentamente. Olhou para os presentes na sala e exclamou com uma voz vibrantemente grossa e amendrontante:
-Vida longa ao REI!
Então quando olharam atrás de si, eis que o rei estava em pé atrás dele, com os mesmos olhos vermelhos de Madison. Pegou um dos satrapas pelo pescoço, levantou até a altura dos seus olhos, e olhou furtivamente para o rosto de seu servo. Abriu a boca, e o sátrapa passou a estribuxar. Então de sua boca saiu um ar branco, que entrou pela boca do rei. Jogou-o então do lado. O satrapa estava morto. O rosto do rei havia ficado mais alvo, como se a vida do sátrapa tivesse sido sugada e o tornado mais jovem e forte. E o rei disse:
-Juraram dar a sua vida pelo seu rei. Pois agora darão sua vida ao rei!

Essa era a lenda que diziam ter sido criada por forasteiros no vilarejo de Torrywather para explicar o desaparecimento repentino de pessoas as quais ninguém conseguia achar uma causa. Alison acreditava nessa lenda. Quando tinha 5 anos, estava sozinha em casa com sua mãe. Seu pai era cavalheiro do exército do rei Rodney, e estava a serviço dele naquela noite. De repente, enquanto brincava na sala, viu um vulto passar pelo corredor, indo em direção ao quarto de sua mãe. Assustada, se escondeu atrás do sofá. Alguns instantes depois, ouviu um grito e um suspiro de morte. Nunca mais viu sua mãe outra vez...






CONTINUA

2 comentários:

Fer disse...

outro blog... vamo ver no que vai dar

Darlene Metallica disse...

eeeeeeeee historinha