segunda-feira, 30 de novembro de 2009

A Estrategista - Parte 21

Agora sim Mytrias era um país perfeito. Não só o povo vivia em paz, como também sua realeza. Nicolas tinha adoração por Micaili, que era igualmente apaixonada por ele. Juntos, eles eram invencíveis. Sua única discussão era o fato de Micaili querer estar presente nas batalhas.
- Eu tenho que estar lá! - exigia Micaili.
- Mical - era como Nicolas a chamava - faz idéia de como vou me sentir se você se machucar?
- Eu preciso estar lá, você sabe como os soldados lutam melhor quando me tem para confirmar as estratégias...
- Não gosto de ver você com aquela armadura negra e uma espada na mão... me sinto um fraco deixando minha esposa exposta assim.
- Nicolas, você sabe que só uso a espada se o exército inimigo consegue chegar até mim. E eles nunca chegam.
- Micaili...
- Por favor, me deixe ir...

Dessa vez o exército de Mitryas enfrentaria um exército de porte semelhante ao seu, da Macedônia, que tinha uma misteriosa aliança com outro país que eles não faziam idéia de quem era. Espiões e magos tentaram descobrir qual era esse país, mas a lua, diziam os magos, escondia a identidade do segundo inimigo.

Micaili não se abalava. Andava pelo saguão com seu sorriso exuberante no rosto e o mapa traçado na mão. Tinha mil e uma estratégias, e sua única dúvida era qual delas usar no dia da batalha decisiva.
- Sua fonte de idéias não acaba nunca? - perguntava Nicolas.
- Nunca! E hoje, particularmente, estou inspirada! - respondia Micaili.
- Percebo... e qual o motivo de tal inspiração?
- Seus olhos iluminados pelo sol!

O dia se aproximava como o galopar de um corcel jovem. O exército de Mytrias estava confiante. A vitória seria certa, graças as estratégias de Micaili. A identidade do país aliado a Macedônia não era mais preocupante - já havia vazado que se tratava de um país pequeno. Na manhã seguinte, os países se confrontariam na parte Oeste do ermo. Micaili estava ansiosa para ver suas estratégias em ação, e Nicolas a fitava, preocupado em por seu único objeto de afeição diante de seus inimigos.

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