segunda-feira, 11 de janeiro de 2010

Minha Mãe Casou de Novo - Capítulo 32

Andrew se assustou com o som da campainha e se afastou de mim. Mas ainda estava sem reação pela emoção do momento. Eu, que já havia admitido para mim mesmo que estava apaixonado por ela, me recompus imediatamente:
- Ei, calma... eu atendo. - disse para ela, minha voz muito serena e deliciada como fazia tempo que não ouvia. Por que eu me sentia tão idiotamente satisfeito?

Caminhei até a porta e a abri antes de tocarem a campainha novamente. Meu estômago se revirou quando vi quem era. Stuart... namorado de Andrew. Tinha me esquecido daquele loiro babaca.
- Oi, Brad, meu amigo! Como vai? - disse Stuart em seu tom alegrinho e simpático de sempre.
- Stuart... - disse o nome dele como se estivesse soletrando. Olhei para Andrew por um instante. Ela ficou muito mais atormentada quando o viu. E eu me senti atormentado por causa dela. Não que eu nunca tivesse beijado uma garota comprometida, mas aquela situação era diferente.
- Ei Andrew, meu amor! - falou Stuart, entrando sem eu convidar, dando a volta por mim.
- Oi, Stuart. - disse Andrew, meia sem voz.
- Andrew, acho melhor eu deixar você conversar com o Stuart... - comecei a dizer.
- Não tenho nada importante para conversar com ele! - resmungou Andrew, infatizando a palavra "importante". Caramba! Tinha certeza de que agora Andrew sabia em si mesma que me amava, e mesmo assim ela não ia admitir.
- Talvez então eu deva conversar com ele. - eu ameacei.
- Por que não vai pescar na pia da cozinha? - falou Andrew, àspera. Bom, ela realmente não estava pronta para lidar com os próprios sentimentos. Suspirei.
- Opa! O clima tá meio tenso aqui... algum problema, Andrew? - perguntou Stuart. Eu queria dizer "claro que temos um problema, tem saliva minha na boca da sua namorada, o que acha?", mas Andrew me daria um tiro. Eu sei, ela não tinha uma arma, mas se eu dissesse aquilo, ela arranjaria um jeito.
- Não! Claro que não! Você sabe, meu único problema é o Brad. Mas ele já estava de saída, não é Brad? - disse Andrew, toda cínica.
- Claro, claro. - fui cínico também. - Depois a gente se fala, espertinha. - pisquei para ela, e tinha certeza que ela ficou furiosa.

Subi as escadas numa vontade doentia de escurrassar Stuart de casa. De todos os meus obstáculos para provar para a própria Andrew que ela era louca por mim, Stuart parecia ser o único que restava.

Do meu quarto ouvi minha mãe chegar, e logo depois ouvi Jonathan entrar com seu sedan na garagem. Minha mãe subiu para me chamar para almoçar. O almoço foi um martírio, pois, além de comermos comida do restaurante italiano da esquina (de novo), Andrew estava num mimo exagerado com Stuart. Era "meu amor" pra cá, "meu bem" pra lá. De rabo de olho vi até mesmo o eterno paciente senhor Marew com cara de azia pela ceninha que Andrew exagerava só para me mostrar que estava feliz com Stuart e não queria nada comigo. Eu não nasci ontem. O exagero é um desespero para encobrir uma verdade já exposta. Ri para mim mesmo, espero ansiosamente que Stuart fosse embora para dar o bote outra vez. Coitado, Stuart era um cara legal. Um perfeito corno manso, mas mesmo assim me despertava pena.

Eram 4 e meia da tarde quando Stuart se despediu de Andrew no jardim com um beijo demorado. Eu estava espiando pela janela do meu quarto, claro, e aquilo me deixou com raiva. Minha pretensão de beijá-la novamente desapareceu, porque não queria vestígios da saliva de Stuart na minha boca. Mas isso não significava que eu não ia provocá-la.

Andrew entrou em casa. Do meu quarto ouvi os passos do coturno dela pela escada. Me adiantei e fui até o quarto dela, esperando deitado na cama dela com os braços atrás da cabeça numa pose tranquila que iria deixá-la fervendo de irritação. Não me senti muito a vontade naquela cama roxa cor de púrpura, mas só de imaginar o rostinho de boneca de Andrew com expressão de raiva já valia a pena. Irritar Andrew era a única forma que eu encontrei de fazê-la ter uma reação em relação a mim. O ódio era um sentimento forte como o amor. E o amor era muito próximo do ódio. No meu plano infundado, o ódio viria a ser amor. Mesmo opostos, os sentimentos eram muito próximos. Respirei fundo.

A porta de madeira escura se abriu.

3 comentários:

Anônimo disse...

kkkkkkkkkkk

que da hora!
agora ou ela aparece com uma motoserra ou com um litrao de vinho!

hehe
coitado do Stuart...

JeSs disse...

HAUHSUAHSUAHSUAHU
omg!
litrão de vinho nããão
:P

Anônimo disse...

isso foi uma dica ne?

ela vai aparecer com uma motoserra entao!

rsrsrs