terça-feira, 12 de janeiro de 2010

Minha Mãe Casou de Novo - Capítulo 33

A porta de madeira se abriu e meu anjo sombrio entrou por ela com aquela carinha de boneca de porcelana com dor de cabeça. Estava meio avoada, mas não demorou muito para perceber minha presença no ambiente. Andrew arregalou os olhos quando me viu deitado na cama dela, mas em vez de gritar e me tacar um sapato como faria uns tempos atrás, ela grunhiu e fechou a porta. Na certa não queria alertar o Jonathan sobre o que andava acontecendo entre nós dois:

- Seu... seu... cara de pau! O que pensa que está fazendo aqui? - ela sussurrou, aspera e aguda, me fuzilando com os olhos.

Meu sorriso se alargou no rosto, e senti meu charme infalível flamejando nas mãos outra vez. Era bom me sentir "o irresistível"depois de tanto tempo, mesmo que fosse alí no quarto da minha irmã adotiva, e mesmo que eu estivesse tentando conquistar uma maluca metaleira que me enfiaria uma navalha na garganta assim que tivesse oportunidade. Olhei para ela cínico, me entusiasmando cada vez mais com a raivinha dela. Não que eu fosse masoquista, mas quanto mais Andrew ficava irritada comigo, mais eu gostava. Talvez porque o desafio de conquista-la fosse maior, e eu amava desafios.

- Vem deitar aqui do meu lado que eu te explico o que estou fazendo aqui. - eu ri. Agora sim ela me tacou um sapato. Eu ia rir mais se o sapato que ela me jogasse fosse uma chinelinha, sandalinha ou sapatilha de mulher. Mas o duro é que Andrew usava coturnos, e aquelas botas pesadas realmente machucavam.
- Cai fora daqui! Já! Sai! - ralhou Andrew, enquanto eu massageava o braço no qual ela havia acertado o corturno. Sentado na cama, olhei para ela sorrindo ainda.
- Tudo bem, eu vo embora. Mas só me diga quando vai terminar com o Stuart. - eu disse, e ela revirou os olhos.
- Por que eu terminaria com o Stuart?
- Porque você me ama! - afirmei, muito seguro do que dizia.
- Um beijo não significa nada, Brad. - resmungou Andrew.
- Isso depende do beijo, minha cara. - eu me levantei da cama e andei até ela. Andrew deu dois passos para trás, mas dois passos dados por suas perninhas curtas não davam nem metade de um passo dado pelas minhas pernas atléticas e muito mais longas. - Por exemplo, o beijo que você deu em Stuart na hora que ele foi embora. Pura ceninha. Um beijo longo e chato, só para mostrar aos outros que está gostando de verdade do seu namorado. - eu disse, todo garboso, colocando a mão na parede com o braço esticado, deixando Andrew em minha armadilha.
- Não foi ceninha, estúpido! - disse Andrew, insegura se sentindo acuada com minha aproximação.
- Tudo bem, agora compare com o beijo que você me deu na sala. - acusei.
- Eu... eu... eu... eu estava confusa Brad, com pena de você por tudo que aconteceu na escola. Mas isso não significa que...
- Desde quando beijar alguém na intensidade que você me beijou é sinal de pena? Pra mim, isso se parece mais com desejo. - acusei novamente, deixando ela sem resposta. Caramba! Eu nunca havia conseguido deixar Andrew sem resposta até hoje.

Passei a mão direita de leve em seu rostinho de boneca, e Andrew estremeceu ao meu toque. Ela estava na defensiva, mas não em relação a mim e sim a si mesma, no medo de se entregar como se entregou na sala antes daquele estorvo do Stuart tocar a campainha. Ela respirou fundo por um momento, enquanto eu fitava especulativamente seus olhos redondos escondidos pelos cílios longos. Ela olhou de volta para mim, ainda perturbada com a situação.
- Por que está fazendo isso comigo? - perguntou ela, num tom melancólico. Aquilo quebrou meu ceticismo e me fez suspirar.
- O que eu estou fazendo?
- Fica me confundindo... - murmurou ela, agora hipnotizada como eu ficava quando olhava pra ela deixando meu coração fluir em meus pensamentos.
- Eu não quero te confundir... eu quero é te mostrar a verdade... - murmurei também, pousando a mão de leve em seu rostinha angelical. Ela fechou os olhos lentamente ao meu toque.
- Isso é loucura, Brad. - sussurrou ela.
- Eu sei, mas você nunca licou para a sanidade mesmo. - respondi. Eu estava bom em dar respostas hoje.

Ela me empurrou compeltamente sem vontade.
- Vai embora, Brad, por favor. - implorou ela.
- Vou deixar você pensar, mas não vou desistir. - falei, beijando a testa dela e saindo do quarto.

Pelo menos uma coisa boa havia acontecido hoje. Eu consegui quebrar o gelo do coração de Andrew Marew. Essa noite ela ia sonhar comigo.

4 comentários:

Anônimo disse...

eita!
tambem fiquei confuso...
o Brad é uma caixinha de surpresa, nao da pra saber o q vai sair de la.

ta vendo Jess, se a Andrew tivesse um litrao de vinho ela ia conseguir esfriar a cabeça
hehehe

JeSs disse...

ahauhsuahsuhaushauhsua
quem sabe o vinho num entra no próximo capitulo

Anônimo disse...

o proximo capitulo ta atrasado heim?!!

ei! vc viu, ontem passou o filme do Stuart na globo
kkkkkkkkkk

Anônimo disse...

Jess? are you ok?

i hope so...