quinta-feira, 28 de janeiro de 2010

Minha Mãe Casou de Novo - Capítulo 43

Matt ofegou e vacilou por um instante, me olhando confuso, balançando a cabeça, negando a si mesmo a nova descoberta:

- Ah, não! Ce tá me sacaneando! - disse Matt, sem rir dessa vez.
- Acha que eu escolhi isso? - me justifiquei.
- Cara! De tanta garota linda que você já pegou... justo... justo a Mortícia? - Matt continuava a se lamentar, desacreditado.
- O coração não obedece a gente. - reclamei.
- Mas ela namora o irmão do Freud.
- Eu sei disso, melhor do que todo mundo! - grunhi.
- Ela te odeia.
- Isso eu também sei.
- E ela sabe disso?
- Sabe... você sabe como sou impulsivo. Acabei beijando ela. - confessei.
- Irgh! - exclamou ele.
- Vou te jogar pra fora do carro! - ameacei, irritado demais para ser compreensivo com a reação dele.
- To brincando, ela até que é lindinha. Mas ela é estranha. Tipo, é uma chata e uma maluca. De chata por chata, maluca por maluca, por que não fica com a Ashley mesmo? - sugeriu Matt.
- Já chega! - eu disse, me esticando para abrir a porta do lado dele e empurrá-lo, ainda com o carro em movimento.
- Tudo bem, tudo bem. Entendi! Nada de falar mal da brux... Andrew. - compreendeu Matt.
- É! Última chance! - ameacei, me endireitando no banco do motorista.
- Não posso chamá-la de Feiticeira do Mal? - pediu Matt.
- Não!
- Nem de rascunho da Trinity do Matrix?
- Também não!
- Nem de bruxa de blair?
- Não!
- Nem de Mortícia?
- Não!
- Nem de...
- Matt!!! - gritei, sem paciência dessa vez.
- Ta! - gritou ele, de volta.

Revirei os olhos. Aquela conversa era constrangedora. Eu, defendendo Andrew Marew? Matt devia estar confuso mesmo.
- E o que pretende fazer? - perguntou ele.
- Eu não faço idéia. - me lamentei.
- Quer um conselho de amigo?
- Não!
- Brad, é sério. Não vou zuar dessa vez. - ele pareceu sincero.
- Fala, Matt! Você vai acabar falando de qualquer jeito mesmo.
- Sai fora dessa! Vocês não foram feitos um para o outro. Ela nunca vai querer nada com você, assim como você também não deveria querer nada com ela. Além disso, tem sua mãe e o senhor Marew. Acha que eles vão concordar com um romance louco desses? Vocês moram na mesma casa, o senhor Marew vai pirar se souber que andaram se pegando. - refletiu Matt.
- Matt! A gente não andou se "pegando". Foram só alguns beijos... - me justifiquei.
- Alguns? - ele disse isso agudo demais. - Eu achei que tinha sido um só. Ce vai pro inferno mesmo. Tem um lugar lá pertinho do capeta com uma plaquinha escrito "Reservado para Bradley Tommas". - zombou Matt.

Bufei. A zombaria de Matt estava voltando. Ele parecia estar aceitando a realidade. Mas o que ele disse sobre minha mãe e o Jonathan era algo para se considerar. Minha mãe ia me castrar se soubesse que eu andei agarrando a enteada dela.
- Por que não me contou isso? - perguntou Matt, sério de novo.
- Não é óbvio? Eu não sabia o que fazer. Não sabia se ia acordar na manhã seguinte e descobrir que isso tudo era maluquice minha, que não amava Andrew porcaria nenhuma. - eu disse.
- E você tem certeza do que sente?
- A cada dia mais. - lamuriei.
- Wow! Que merda! - lamentou Matt, junto comigo.
- Nisso a gente concorda.

Enquanto Matt pensava, com o olhar meio perdido, virei a esquina e alí estava a escola. Parei o carro em frente ao portão do estacionamento. Matt colocou a mão direita no trinco da porta do carona, mas antes de sair, colocou a mão esquerda no meu ombro.
- Cara, você sabe que eu vou te apoiar seja lá qual for a babaquice que você pretender fazer. Se quiser virar serial killer e matar o tal do Stuart, vou até mesmo ser seu cúmplice nessa. - quando ele disse isso, revirei os olhos. - Mas, irmão... relaxa. Assim como a vida complica as coisas pra gente, ela mesmo desata os nós. Só acredite que tô do seu lado. - me encorajou Matt.
- Eu sei, brother. - hesitei, enquanto ele saía do meu maverick. - Ah, Matt!
- Que? - esperou ele.
- Nada de contar isso ao Freud. E por favor, por favor, por favor, não fique fazendo piadinhas disso. Todo mundo vai sacar. - implorei.
- Até parece que você não me conhece. Sou um cara muito sério. Tchau, Brad! - disse ele, indo para dentro do estacionamento, buscar o carro dele.

Revirei os olhos. Matt era meu amigo, mas não perdia a piada. Era mais do que certeza que ele ia me zuar até eu "pedir pinico". Agora sim eu tava ferrado. Esse era um dos motivos pelos quais eu não havia contado nada a Matt. Acelerei o carro e parti para casa, suspirando. Tinha um assunto pendente ainda para resolver com Andrew Marew.

Um comentário:

Anônimo disse...

hoje eu me atrasei!
minha internet ta me dandn ouma raiva do caramba...

viu, como q arruma o horario aqui das postagens? fico todo perdido
rsrs


eu aposto que o Matt nao vai contar nada pra ninguem, talvez o proximo passo é a Andrew saber q o Matt ja sabe e ela querer mais ainda matar o Brad
rsrs
vou aguardar por mais revelaçoes e torcer pra nao ter q formatar meu pc de novo!
rrsrsrs