sexta-feira, 29 de janeiro de 2010

Minha Mãe Casou de Novo - Capítulo 44

Estacionei o carro na garagem e entrei em casa estressado por Matt ter descoberto tudo. Na sala, Andrew estava deitada de bruço no sofá de três lugares lendo algum livro idiota. Reconheci a capa negra com uma peça de xadrez e escrito em prateado "Amanhecer". Era um dos livros daquela série maldita do Crepúsculo.
- Minha mãe já foi para o trabalho? - perguntei, àspero.
- Virei garota de recados agora? - respondeu ela, azeda, sem tirar os olhos do livro.

Bufei e espiei pela janela. Não havia sinal dos carros nem de Jonathan e nem da minha mãe no jardim. Olhei maquiavélico para Andrew. Era hora de me vingar por ter me dedado no almoço.
- Por que você faz isso? - comecei.

Dessa vez ela olhou para mim.
- Isso o que?
- Diz que me odeia, que não quer nada comigo, que preferia que eu não existisse... mas fica se intrometendo na minha vida! - acusei.
- Janet perguntou por que Matt estava aqui em casa hoje, e eu apenas respondi. - argumentou ela, sentando direito no sofá.
- Não poderia ter dito que ele só estava de visita?
- Mentir? Não Brad, não tenho essa sua habilidade.
- Você acha que é muito espertinha, não é?
- Brad, por favor. Me deixe em paz. Estou no capítulo em que o Edward pede pro Jacob tirar a idéia de ter o bebê da cabeça da Bella. Está atrapalhando a minha leitura. Xô, xô! - gesticulou ela.

Fiquei irritado com o desprezo de Andrew. Avancei e peguei o livro da mão dela.
- Ei, Brad! Me devolve isso agora! - gritou ela.
- Você acha que eu gosto de como as coisas são? Você acha que eu ainda não queria ser o mesmo Brad de antes? Acha que não adoraria ainda ser o capitão do time de basquete e o cara mais cobiçado da escola como antes? - as palavras começaram a pular da minha boca, e eu não tinha controle sobre elas quando estava nervoso. - Acha que eu escolhi estar gostando de você? Acha que eu queria morar na mesma casa que você e ter que ver a sua cara de zombaria pra cima de mim todo santo dia? Acha que eu realmente queria ter te beijado e estar morrendo de vontade de te beijar de novo? Eu não escolhi nada disso, Andrew! E eu me odeio por cada coisa que está acontecendo, por cada atitude idiota que eu tomo e principalmente por cada pensamento que aparece na minha cabeça relacionado a você!!! - gritei, ofegando.

Andrew estava de pé, parada diante de mim, complemente muda me olhando assustada. Mordi o lábio esperando que a raiva passasse, e joguei o livro no sofá. Suspirei.
- Eu sei que eu era um idiota antes, e talvez ainda seja um idiota agora, mas de forma diferente. Pelo menos antes eu era feliz! Agora eu vivo cheio de problemas e isso tudo é culpa sua! - acusei, por fim.

Dessa vez, Andrew respondeu.
- Eu não sou a culpada. Nunca quis que você se apaixonasse por mim. - disse ela, baixinho.
- Eu só quero te pedir uma coisa. Se você não me quer na sua vida, então por favor, pare de cruzar meu caminho!

Me virei para subir a escada, desolado.
- Brad! - chamou Andrew, a voz mais sentimental.

Parei alí, de costas para ela.
- Brad, eu... eu sinto muito... por tudo. - ela disse, enquanto eu me virava.
- Você não sente porcaria nenhuma. Só se preocupa com seu mundinho sombrio de Stuart, metal, alienígenas e Crepúsculo. O que não abrange essas coisas não significa nada pra você! - disse, cruelmente, e ela pareceu sentir minhas palavras se encolhendo com elas.
- Pode tirar o Stuart dessa lista. - riu Andrew, melancolicamente - Não estou mais com ele.
- O que? - fiquei confuso.
- Não podia continuar com ele desse jeito. Traí ele... com você.
- Eu que te beijei. Você não fez nada premeditado. Não era uma traição.
- Foi sim... - hesitou ela - foi porque eu quis que você me beijasse...

Ah tá! Agora sim as coisas saíram do controle e perderam completamente o sentido para mim. O que estava acontecendo alí? Andrew estava finalmente reconhecendo que também gostava de mim? Não podia ser verdade. Eu tinha mesmo batido forte com a cabeça. Eu estava tendo ilusões! Bem que a minha mãe disse pra eu ficar deitado. Por que eu não ouvi ela? Ainda bem que deu tempo de levar Matt para buscar o carro, antes de que esse espasmo começasse. Me sentei na poltrona com a mão apoiando a cabeça. Se eu estava passando mal, precisava me sentar, não é? Fitei Andrew novamente, e ela me olhava com uma expressão frustrada.

Um comentário:

Anônimo disse...

Finalmente Brad!
por mais incomodo q possa ser falar do assunto, guardar pra si mesmo nao ajuda, só piora.
mas que a reaçao da Andrew só inesperada, ah foi hehe pelo menos pra mim.
no final pareceu uma briga de casados ha anos
rsrs

acho q quando eles assumirrem o namoro, vai ate sair no jornal

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