sábado, 29 de agosto de 2009

O Palco de Agatha - Parte 17

O carro de Gerard apontava na esquina vazia que dava caminho à ruínas do teatro Del Bellis. Parou à uma boa distância, avistando o local destruído e completamente sem vida. Suas mãos tremiam, e seu rosto estava suado e pálido. A faca grande e afiada estava no banco do passageiro, e brilhava com a luz escassa da noite fria. O coração de Gerard batia de forma irregular, hora dando coragem, hora o acovardando. Ele queria ir lá, queria ajudar Tomas, queria ajudar Antonella... mas que poder teriam aqueles zumbis? E se matassem os três? Não seria mais inteligente buscar ajuda?

Nesse instante Gerard pegou o celular em seu bolso, e discou para a polícia local:
- Alô, sou Gerard Stewith... estava passando de carro pela rua que dá para às ruínas do teatro Del Bellis e vi umas coisas estranhas.... acho... acho que tem uns jovens aqui bagunçando- mentiu Gerard, tentando atrair a polícia para o local - ... e eu sei que a àrea é de risco, então... fiquei com medo da criançada se machucar...
- Ah esses pivetes, adoram um lugar abandonado. Vamos mandar uma viatura praí!
- Uma só?... bom... é que... são um grupo grande e ... creio que estão... bêbados... é, bêbados. Vão desrespeitar uma viatura só. Mande umas... umas 3 pelo menos...
- Certo, vamos ver quantas estão disponíveis agora. Caso precisemos prender alguns marginalzinhos na delegacia essa noite até o papai e a mamãe vir pagar fiança de manhã. Vá para casa, a polícia cuidará disso!
- Ah, o-obrigado. - disse Gerard desligando o celular.

Nesse momento um grito agudo vinha dos escombros. Gerard ficou paralizado, e de repente uma adrenalina dominou suas veias, que fez o sangue se agitar em pulsar em seu coração. Tomou fôlego, pegou a faca, saiu do carro e andou em direção à ruína do teatro Del Bellis.

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