sexta-feira, 11 de dezembro de 2009

Minha Mãe Casou de Novo! - Capítulo 7

Anoiteceu enquanto eu estava deitado na cama do meu quarto escutando meu MP4. As músicas do Guns 'n Roses sempre me acalmavam e me faziam pensar.Eu queria ligar o rádio no canto do quarto no último, mas minha mãe com certeza ia me fazer abaixar o som. Pelo menos meu MP4 ninguém podia controlar. Eram umas 7 da noite dessa pior sexta feira da minha vida. Quando percebi o céu escuro lembrei que estava com fome. Decidi descer para ver o que tinha de bom na cozinha.

Desci a escada que dava para a sala, e lá encontrei Jonathan e Andrew assistindo TV. O som que vinha do televisor era insuportável, uma mistura louca daquelas guitarras enfurecidas que Andrew escutava no quarto dela. Jonathan, sentado no sofá do centro, não parecia prestar atenção na TV - estava todo arrumado e olhava a todo momento no relógio.

- Vai sair, Jhow? - assim que eu o chamava. Eu mesmo dei o apelido, legal né?
- Vou sim, com a sua mãe. Vamos num restaurante maravilhoso perto do Central Park. A nossa reserva está marcada, mas você conhece a Janet... estamos atrasados já. - respondeu Jonathan, risonho e calmo como sempre.
- Claro, bom jantar para vocês, enquanto eu me viro com os restos na cozinha. - falei, melancolicamente forçado.
- Ei! Você não vai sair hoje? - perguntou Jonathan.
- Não estou afim.
- Ah, claro. Vamos trazer algo do restaurante para Andrew... traremos para você também.
- Obrigado.

Jonathan era assim. Nunca me enchia de perguntas como "por que você não vai sair?", "está acontecendo alguma coisa?", sempre cordial e nada inxirido. Antes de eu entrar na cozinha, minha mãe desceu a escada. Essa sim era inxirida.
- Não vai sair hoje, querido? - perguntou ela. Com certeza tinha escutado nossa conversa lá de cima.
- Não, mãe.
- Por que? - ah, eu sabia que ela ia perguntar isso.
- To sem grana. Tenho que levar Ashley pra sair amanhã, então vou economizar hoje. - menti.
- Mas amor, eu dei sua mesada ontem. - Deus, por que me deu uma mãe assim?
- Andrew sempre fica em casa no fim de semana... por que não enche ela de perguntas? - falei, mal humorado.
- Bradley Tommas, veja como fala comigo!
- Ah, então tem algum problema de eu ficar sozinho com a Andrew em casa? - será que era esse o problema? Andrew revirou os olhos quando me ouviu dizer isso, demonstrando que não era este o motivo.
- Não, obviamente. Vocês se odeiam. Tenho certeza que será como se a casa estivesse vazia. É só que... você nunca deixa de sair na sexta. Só achei... estranho.
- Não é nada demais mãe. Só num to pra saidera hoje.
- Vamos Janet, por favor! Já estamos atrasados. - interviu Jonathan. Eu realmente gosto desse cara.
- Tudo bem querido... boa noite. - concluiu minha mãe, cansada de discussões, beijando minha testa.


Enquanto eu finalmente me dirigia para a cozinha, Janet e Jonathan saíam pela porta da sala. Escutando o motor do sedan prata do Jonathan sendo ligado e acelerando, abri a geladeira e peguei o pacote de queijo e o de presunto. Enquanto o som do carro desaparecia na esquina, senti uma sombra atrás de mim. Virei bruscamente e levei um susto com a presença de Andrew, derrubando o queijo e o presunto no chão.
- Adrew! Mas que droga! - esbravajei.
- Bradley Tommas Stanley, eu só vim te dar um aviso! - falou a monstra das trevas.
- Mas o que é que você quer? - eu reclamei, irritado, pegando os pacotes do chão.
- Brad, você nunca fica em casa de sexta feira. Mas, se vai ficar hoje, é bom saber que toda sexta a televisão é só minha. É o único dia que eu tenho para ver meus DVD's, então nem pense em se esparramar por aquele sofá, entendeu? Recado dado! - disse Andrew, virando as costas para sair da cozinha.

Rapidamente, peguei o braço dela e a virei para mim. Ela arregalou os olhos, com uma expressão surpresa.
- Escuta aqui seu projeto de Freddy Krueger, eu não sei o que deu na sua cabeça nesses últimos tempos, mas eu to cansado de você quebrar o nosso pacto de silêncio. É bom sair da minha dimensão e ficar de boa na sua, porque se eu começar a entrar na sua dimensão, você não vai gostar.
- Brad... - respondeu Andrew, se recuperando do susto resultante da minha atitude e retirando o braço da minha mão. - Eu não gosto nenhum pouco de falar com você, mas estes últimos tempos tenho sido obrigada a fazer isso, visto que a sua vidinha ridícula tem lançado reflexos na minha dimensão! - caramba, o papo tá ficando estranho - Pode ficar tranquilo que não interfiro mais na sua vida, desde que você não fique cruzando meu caminho com suas barbaridades!

Fiquei encarando ela enquanto ela falava. Não fazia idéia da expressão no meu rosto, mas eu estava na verdade com vontade de rir de todo aquele papo maluco de dimensão. Quem ouvisse nós dois brigando diria com certeza que éramos dois débeis mentais. Ao acabar de dizer isso, Andrew saiu pela porta da cozinha com passos duros. Eu consegui ouvir alí da cozinha quando ela se jogou com raiva no sofá da sala. Foi então que eu tive a idéia. Minha mãe tinha saído com o Jonathan. Andrew ficaria na sala até umas 3 da manhã. Se eu fosse esperto e bem silencioso, entraria com facilidade no quarto de Andrew e finalmente teria minha vingança. Fiz meu sanduíche as pressas e engoli rapidamente. Passei me espreguiçando pela sala resmungando que iria dormir, para que Andrew ficasse na dela alí no sofá. Subi as escadas e tirei os sapatos em frente ao meu quarto. Virei o corpo e fiquei de frente com a porta do quarto de Andrew Marew. Era agora que a filha do Jason ia me pagar.

4 comentários:

JeSs disse...

shuahsuahus
maverick
a hora que vc chegar no capítulo 7 vai ver

JeSs disse...

to rindo dos seus comentarios
^^

JeSs disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Anônimo disse...

eu to rindo da historia!
tem umas sacadas muito legais
rsrs

esse sedan prata pode ser uma maverick tbm, tem maverick 4 portas
hehehe.
perdoe meu vicio..