domingo, 13 de dezembro de 2009

Minha Mãe Casou de Novo - Capítulo 9

- Mas... o que... O QUÊ VOCÊ ESTÁ FAZENDO NO MEU QUARTO??? - gritou Andrew.
- Ah... ah... - por um momento fiquei sem resposta, assustado com o flagra que ela me dera. Respirei fundo, uni as sobrancelhas e sorri maquiavelicamente. - Estou fazendo o mesmo que você fez comigo!

Andrew arregalou os olhos por um instante, mas recuperou a pose superior em um instante. Olhou para mim de um modo debochado.
- Rá, rá! Muito bem Mister Músculos, quanta originalidade. Não vai encontrar nenhuma listinha de ex-namorados colecionados meus. Então VAZA!!! - berrou ela, apontando imperiosamente o dedo para a porta aberta.
- Aaaah não, é? Você tem razão, achei algo bem mais interessante. "Amei ter te conhecido, me liga". Rá! Quando vai apresentar o Stuart pro papai? - falei mais debochado ainda, e fiquei satisfeito com a minha performance.
- Do que está falando? - perguntou Andrew, forçadamente cínica. Cara de pau!
- To falando do Stuart do recadinho aqui olha! - gesticulei com o papelzinho, balançando perto do rosto dela.

Andrew teve uma reação que eu não esperava. Ela sempre agia tão superiormente, nunca com violência física, talvez com certa violência verbal, ela conseguia arrasar com as pessoas com frases formuladas compostas por palavras difícieis. Mas dessa vez ela deixou de lado a diplomacia e a superioridade voando para cima de mim insadecida para pegar o papel da minha mão.

Eu, obviamente mais alto e mais forte, coloquei meu braço direito entre nós e estiquei o braço esquerdo que continha o papel para cima. Ela se repuxava esticando os braços finos com as mãozinhas abertas para alcançar o papel, o dorso colado no meu braço. Eu ia me inclinando para trás, e ela se inclinava mais ainda para cima de mim, o rosto próximo do meu. Conseguia vizualizar as sombracelhas finas e escuras delas unidas de frustração.

Aquela situação não era nada legal. Eu passei um ano inteiro fazendo de conta que Andrew não existia, para agora me deparar com ela no quarto dela lutando por um papelzinho feito duas criancinhas birrentas brigando por um brinquedo. Pensei nisso enquanto ela se retorcia, em como parecíamos dois bocós. Foi então que comecei a rir:
- Tá rindo do que, idiota? - perguntou Andrew, mais frustrada ainda.

Eu não conseguia responder. Não conseguia parar de rir e fiquei meio mole por causa disso. Ela avançou e pegou o papel da minha mão. Parei de rir na hora:
- Ei! Me dê isso! - eu disse, segurando o pulso direito dela e arrancando o papel, empurrando ela para a cama.
- Bradley Tommas, você é maluco! Devolve, isso é meu! - resmungou ela, se levantando.
- Chega dessa palhaçada! Vou descer, esperar o Jonathan chegar e entregar para ele o papel.
- Se fizer isso, Brad, vou te odiar pro resto da vida! - ameaçou ela.
- Olha minha cara de quem tá se lixando pra isso. - respondi, rindo.

Desci as escadas contente com o papel na mão. Sentei no sofá sem prestar atenção no que passava na TV. Ouvi os passinhos curtos de Andrew na escada e o barulho que ela fez ao se jogar emburrada no sofá. Ficamos alí, sem nos falar, por mais ou menos 1 hora até minha mãe e o Jonathan chegarem. Eles nos encontraram alí, sentados sem nos olhar, ela emburrada e eu sorrindo.

- Oi crianças! - disse Janet. Mania maledeta de nos chamar de crianças.
- Oi mãe, oi Jhow... tenho uma coisa pra você. - eu disse, e Andrew bufou.
- Pra mim? - perguntou Jonathan, confuso.
- Sim, pegue. - disse, dando o papel na mão dele.
- "Amei ter te conhecido... me liga ... Stuart" - leu Jonathan, em voz alta.

Quando acabou de ler, Janet e Jonathan me fitaram com os olhos arregalados. Minha mãe escancarou a boca e Jonathan deu duas tocidas.
- Brad... está tentando nos contar que é... gay? - perguntou Janet, me olhando aflita.
- O QUÊ? - eu me assustei.
- Olha Brad, é muita coragem sua nos contar isso. Eu nunca desconfiei mesmo... esse... esse Stuart deve ser um bom rapaz. Devia trazer ele para conhecer sua mãe. - disse Jonathan, tentando ser legal e bancar o compreensivo.
- Era por isso que namorava todas aquelas garotas, Brad... pra esconder esse Stuart? - perguntou Janet, com a voz melancólica.

Foi aí que eu saquei o que eles estavam pensando:

- Ei... EI! Esse recado não é pra mim!!! Eu... EU NÃO SOU GAY, MÃE! Esse recado é da Andrew!!! - eu falei, perplexo pela mente fértil dos dois.
- Aaaaaah!!! - falaram os dois, minha mãe suspirando de alívio.
- O idiota do Brad vasculhou meu quarto! - reclamou Andrew.
- Assim como você vasculhou o meu! - acusei.
- Ei, ei! Vocês dois... parem com isso. Brad, o que quer entregando isso a Jonathan. - falou Janet.
- Avisar a ele que a filhinha dele está namorando... e não queria contar para ele de jeito nenhum. Com certeza ele deve ser um "bom rapaz". - eu disse, ironicamente, gesticulando as aspas com os dedos.
- Não é isso! Stuart é um cara legal, pai. Só que... eu queria que ficasse mais sério antes de te contar. - falou Andrew, timidamente.
- Ah Andrew... eu te entendo amor. - refletiu Jonathan, sempre bonzinho demais. - Não quero que tenha vergonha de me contar as coisas. Olha... quando se sentir pronta, traga o Stuart aqui e eu serei o melhor sogro do mundo pra ele, está bem.
- Eu te amo, pai! - respondeu Andrew, abraçando Jonathan.

Eu revirei os olhos. Droga! Meus planos nunca davam certo.

3 comentários:

Anônimo disse...

oie! ainda nao li, ler nao é meu forte rsrs

nao é bem uma sugestao, mas se tiver alguma morte aí, pode ser um atropelamento com o maverick hehehehe

nao quero influenciar suas ideias, mas continue com o bom trabalho.
ate mais.

JeSs disse...

AUHAUSHSUHAUSHU
ok
valeu a sugestão ;D

Anônimo disse...

o Brad ate q as vezes tem um lapso de estar de volta a realidade, mas logo, volta ao seu modo de pensar...

e é por isso que ta ficando boa a historia